PS acusa PSD e CDS-PP de terem lançado o "mote" para "instabilidade" nas escolas

O PS acusou hoje, quinta-feira, PSD e CDS-PP de terem lançado "o mote" para a "instabilidade" nas escolas com contrato de associação nas últimas semanas, sublinhando que o Governo conseguiu os seus "objetivos" com o acordo assinado na quarta-feira.
Publicado a
Atualizado a

A deputada Paula Barros congratulou-se com o entendimento assinado entre o Ministério da Educação e a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular (AEEP) sobre o financiamento e a redução de turmas abrangidas pelos contratos de associação com o Estado, afirmando que o seu partido sempre "acreditou na negociação". "Os objetivos do Governo foram conseguidos no que diz respeito ao esquema de financiamento e à rede. Por outro lado, a AEEP conseguiu um acordo em relação às necessidades atuais, mas também de encontro às suas expetativas", afirmou a deputada, sublinhando que fica agora criado "um clima de estabilidade".

Questionada sobre se o Governo conduziu da melhor forma este processo, Paula Barros realçou que "muito acima do oportunismo político das questões deve estar o sentido de responsabilidade". "Enquanto os parceiros estavam a negociar o mais que deveria ter acontecido era não haver especulação sobre a questão e deixar que as negociações chegassem ao seu fim", afirmou. Questionada se se referia à oposição de direita, a deputada socialista respondeu: "Sim, muito particularmente".

"[PSD e CDS] Levantaram uma série de questões que não foram ao encontro da resolução do problema e foram se calhar o mote para criar a instabilidade, que não é desejável nem para alunos, nem para pais, nem para professores", criticou. O Governo vai deixar de financiar um total de 256 turmas de escolas do ensino particular ao abrigo dos contratos de associação, número que resulta do acordo na quarta-feira firmado entre o Ministério da Educação e a AEEP. Segundo o acordo, dos 91 estabelecimentos de ensino, 17 não perdem qualquer turma e 14 ficam sem o financiamento relativo a uma classe. A partir do próximo ano letivo os contratos de associação com as escolas particulares são celebrados por um período de cinco anos, até nova avaliação das necessidades da rede pública.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt